A Liberdade é um distrito da região central da cidade de São Paulo. É o maior reduto da comunidade japonesa na cidade, a qual, por sua vez, congrega a maior colônia japonesa do mundo, fora do Japão.
O nome do distrito vem da época em que no Brasil
existiam escravos, a área era conhecida como Campo da Forca, sendo essa a
única "Liberdade" aos escravos ou transgressores. A Igreja da Santa
Cruz localizada no centro do bairro era mais conhecida como a Igreja dos
Enforcados. Ainda hoje as pessoas vão acender velas para as almas
naquele local. No inicio do século XIX o soldado Francisco José de
Chagas, o Chaguinhas foi condenado a morte por enforcamento em praça
pública por incitar e liderar uma rebelião por atrasos nos salários.
Em sua execução no Campo da Forca a corda da forca se
rompeu por três vezes, os presentes aplaudiram e começaram a pedir pela
liberdade do condenado, acreditando tratar-se de um milagre. Chaguinhas
foi morto a pauladas e enterrado no Cemitério dos Escravos, localizado
entre a Rua dos Estudantes e a Almeida Júnior. A capela do Cemitério dos
Escravos é a atual Igreja dos Aflitos, que ainda existe por lá.
Antes de se tornar o principal reduto da comunidade
oriental na cidade, o bairro paulistano da Liberdade era chamado de Distrito
Sul da Sé, pois era parte do Distrito da Sé, que fora estruturado em dois
distritos, o do Sul e o do Norte, por ato da Câmara Municipal de 14 de março de
1833. O Sul da Sé teve suas divisas demarcadas em 1863 e alteradas em 1872. Por
fim, em 20 de dezembro de 1905, uma lei criou o Distrito da Liberdade.
Em suas origens, no século 17, a Liberdade compreendia terras situadas ao longo do caminho que ligava o centro da cidade à Zona Sul, ao município de Santo Amaro. Esse caminho, conhecido como "caminho de Ibirapuera" ou "caminho de carro para Santo Amaro", saia do centro em direção ao sul pelo traçado atual da avenida Liberdade e da rua Vergueiro. Há registros de que esse caminho também tenha sido conhecido como "estrada nova para Santos". Nessa região, havia muitas chácaras, algumas de grande extensão territorial, onde era cultivado especialmente chá. Da divisão dessas chácaras nasceu o bairro da Liberdade.
O bairro abrigou, no século 19, o largo do Pelourinho, onde eram amarrados escravos fugitivos. Alí também ficava localizado o Largo da Forca, que recebeu essa denominação por ser local de execuções, entre as quais ficaram conhecidas as dos soldados Fransciso José das Chagas, o Chaguinhas, e Joaquim José Cotindiba, ocorridas em 1821. O enforcamento dos dois soldados, condenados por reclamar do soldo pago pela Coroa portuguessa, marcou a cidade de tal modo que foi erguida no local a capela de Santa Cruz dos Enforcados, hoje Igreja de Santa Cruz dos Enforcados. Com a abolição da pena de morte do Brasil, o Largo da Forca passou a chamar-se Largo da Liberdade.
No século 19, o centro de São Paulo foi ligado a Santo Amaro pelas linhas de bonde, cujos trilhos foram construídos no traçado do "caminho de carro". Uma parte desse caminho viria a ser a rua Domingos de Moraes. Na virada do século 19 para o século 20, a Liberdade começa a sofrer um forte processo de urbanização com alargamento de ruas, desapropriações de terras e imóveis, construções de praças e largos e calçamento de ruas com paralelepípedos.
Nessa época, a Liberdade era um bairro residencial habitado por imigrantes portugueses e italianos que, com o passar dos anos, deixariam ao bairro em direção a outras partes da cidade. Os traços orientais de prédios e residências só começaram a aparecer após a chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil, em 1908, e ganharam impulso na década de 60. O bairro conheceu então as lanternas suzurano, os jardins japoneses e as festas típicas japonesas.
A influência oriental cresceu tanto que, em 1969, foi anunciado um plano de reurbanização do bairro dentro do processo de expansão da Linha 1-Azul do Metrô. Em 1974, aconteceu a criação do "Bairro Oriental", com ruas e praças do bairro inteiramente decoradas com motivos orientais, adquirindo características de uma autêntica cidade japonesa. Por fim, em fevereiro de 1975, foram inauguradas as estações Liberdade e São Joaquim do Metrô.
Em suas origens, no século 17, a Liberdade compreendia terras situadas ao longo do caminho que ligava o centro da cidade à Zona Sul, ao município de Santo Amaro. Esse caminho, conhecido como "caminho de Ibirapuera" ou "caminho de carro para Santo Amaro", saia do centro em direção ao sul pelo traçado atual da avenida Liberdade e da rua Vergueiro. Há registros de que esse caminho também tenha sido conhecido como "estrada nova para Santos". Nessa região, havia muitas chácaras, algumas de grande extensão territorial, onde era cultivado especialmente chá. Da divisão dessas chácaras nasceu o bairro da Liberdade.
O bairro abrigou, no século 19, o largo do Pelourinho, onde eram amarrados escravos fugitivos. Alí também ficava localizado o Largo da Forca, que recebeu essa denominação por ser local de execuções, entre as quais ficaram conhecidas as dos soldados Fransciso José das Chagas, o Chaguinhas, e Joaquim José Cotindiba, ocorridas em 1821. O enforcamento dos dois soldados, condenados por reclamar do soldo pago pela Coroa portuguessa, marcou a cidade de tal modo que foi erguida no local a capela de Santa Cruz dos Enforcados, hoje Igreja de Santa Cruz dos Enforcados. Com a abolição da pena de morte do Brasil, o Largo da Forca passou a chamar-se Largo da Liberdade.
No século 19, o centro de São Paulo foi ligado a Santo Amaro pelas linhas de bonde, cujos trilhos foram construídos no traçado do "caminho de carro". Uma parte desse caminho viria a ser a rua Domingos de Moraes. Na virada do século 19 para o século 20, a Liberdade começa a sofrer um forte processo de urbanização com alargamento de ruas, desapropriações de terras e imóveis, construções de praças e largos e calçamento de ruas com paralelepípedos.
Nessa época, a Liberdade era um bairro residencial habitado por imigrantes portugueses e italianos que, com o passar dos anos, deixariam ao bairro em direção a outras partes da cidade. Os traços orientais de prédios e residências só começaram a aparecer após a chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil, em 1908, e ganharam impulso na década de 60. O bairro conheceu então as lanternas suzurano, os jardins japoneses e as festas típicas japonesas.
A influência oriental cresceu tanto que, em 1969, foi anunciado um plano de reurbanização do bairro dentro do processo de expansão da Linha 1-Azul do Metrô. Em 1974, aconteceu a criação do "Bairro Oriental", com ruas e praças do bairro inteiramente decoradas com motivos orientais, adquirindo características de uma autêntica cidade japonesa. Por fim, em fevereiro de 1975, foram inauguradas as estações Liberdade e São Joaquim do Metrô.
As primeiras casas surgem no inícuio do
Século XX, mas o Bairro da Liberdade desenvolve-se após a primeira
Grande Guerra (1914/1918) com a afluência de gentes da província, á
semelhança de outros bairros degradados. Logo se seguem outros núcleos
de habitações rudimentares nas imediações da estação do
caminho-de-ferro, na Rabicha, no Tarujo e em Santana, junto à ribeira,
nos anos 20 e 30.
Por volta de 1920, altura em que se ligou ao Bairro dos Arcos, um pouco mais antigo, o bairro começa expandir-se.
Conta-se que dois indivíduos, um tal Ferro e outro, começaram a vender terrenos a preços convidativos, e quando se descobriu que os terrenos eram do município já eles tinham abalado para o Brasil.
A designação Bairro da Liberdade deveu-se ao republicano Carlos Rodrigues dos Santos, o "Carlos da Parteira", que de acordo com a memória local batizou as primeiras crianças que ali nasceram com os nomes de Libertino e Libertina.
Durante a 1ª Républica, o Bairro da Liberdade foi palco de grande agitação, com a greve dos ferroviários na estação de Campolide em Janeiro de 1911, em luta pelas 8 horas de trabalho, e que culminaria com o governo a mandar ocupar militarmente a estação do Rossio. Outras greves importantes dos ferroviários se seguiram em 1914 e 1917.
Em 7 de Outubro de 1911, presos monárquicos do Norte chegam a Lisboa, à estação de Campolide, e organiza-se uma forca caudina (emboscada), apoiada pelo jornal "Mundo" de França Borges e criticada pelo intransigente de Machado Santos.
A partir dos anos 20 o bairro cresce ao longo da linha dos caminhos de ferro e começa a ganhar a forma que manteve até o inicio dos anos 90, a Rua B, a Rua C, a Calçada da Estação, o Bairro dos Arcos, o Casal do Sola (nos séculos XVIII e XIX, considerado um pedaço de Sintra em Lisboa, pela sua natureza e calma arborifera) e a Rua A rapidamente se povoam.
Por volta de 1920, altura em que se ligou ao Bairro dos Arcos, um pouco mais antigo, o bairro começa expandir-se.
Conta-se que dois indivíduos, um tal Ferro e outro, começaram a vender terrenos a preços convidativos, e quando se descobriu que os terrenos eram do município já eles tinham abalado para o Brasil.
A designação Bairro da Liberdade deveu-se ao republicano Carlos Rodrigues dos Santos, o "Carlos da Parteira", que de acordo com a memória local batizou as primeiras crianças que ali nasceram com os nomes de Libertino e Libertina.
Durante a 1ª Républica, o Bairro da Liberdade foi palco de grande agitação, com a greve dos ferroviários na estação de Campolide em Janeiro de 1911, em luta pelas 8 horas de trabalho, e que culminaria com o governo a mandar ocupar militarmente a estação do Rossio. Outras greves importantes dos ferroviários se seguiram em 1914 e 1917.
Em 7 de Outubro de 1911, presos monárquicos do Norte chegam a Lisboa, à estação de Campolide, e organiza-se uma forca caudina (emboscada), apoiada pelo jornal "Mundo" de França Borges e criticada pelo intransigente de Machado Santos.
A partir dos anos 20 o bairro cresce ao longo da linha dos caminhos de ferro e começa a ganhar a forma que manteve até o inicio dos anos 90, a Rua B, a Rua C, a Calçada da Estação, o Bairro dos Arcos, o Casal do Sola (nos séculos XVIII e XIX, considerado um pedaço de Sintra em Lisboa, pela sua natureza e calma arborifera) e a Rua A rapidamente se povoam.
Características
A influência cultural pode ser sentida nas ruas de luminárias
tipicamente orientais (onde até as placas dos estabelecimentos são
escritas em caracteres orientais) e nas feiras temáticas que acontecem
periodicamente.
Lá se encontram diversos artigos típicos da cultura oriental e japonesa, sendo, então, um ótimo centro de compras destes produtos.
Lá se encontram diversos artigos típicos da cultura oriental e japonesa, sendo, então, um ótimo centro de compras destes produtos.
Do distrito da Liberdade
também fazem parte o bairro da Aclimação, que nos últimos anos
tornou-se uma área de concentração da colônia coreana, a região de
várzea que dá nome ao bairro Várzea do Glicério, um enclave com
população de baixo poder aquisitivo, e o bairro Morro da Aclimação, além
do bairro da Liberdade.
Curiosamente a área mais conhecida do Bairro Liberdade, compreendida pelos arredores da estação Liberdade do metrô, encontra-se no distrito da Sé.
O distrito é atendido pela Estação São Joaquim do Metrô e Estação Liberdade do Metrô da Linha 1 (Azul) do Metrô de São Paulo.
O distrito é atendido pela Estação São Joaquim do Metrô e Estação Liberdade do Metrô da Linha 1 (Azul) do Metrô de São Paulo.
Localiza-se em seu território o Parque da Aclimação, o 1° Distrito Policial, diversas universidades particulares, o Palácio do Trabalhador e os hospitais Servidor Público e Glória
Para homenagear a comunidade de moradores deste maravilho bairro, o Encontra São Paulo criou o Encontra Liberdade na cidade de São Paulo.